10 CONSELHOS AO MOTOCICLISTA INICIANTE

A inexperiência tem prazo de validade curto. Quanto mais você pratica, mais você aprende, e pilotar uma motocicleta não foge a esta regra. Acumular quilômetros rodados te dará cada vez mais capacidade de dominar o veículo de maneira automática e segura, quase como se fosse uma extensão de seu corpo. Porém, para facilitar a vida dos que estão começando, coloco aqui 10 dicas e conselhos importantes:

1 – POSICIONAMENTO AO GUIDÃO
No começo, o nervosismo pode resultar em uma postura de pilotagem excessivamente rígida, o que não ajudará em nada a condução. Tente assumir uma posição natural ao guidão – isto já é meio caminho andado para pilotar bem.

Motos também exigem uma boa dose de energia física para serem conduzidas. Então, qual o segredo para alcançar o meio-termo ideal entre o necessário relaxamento e a força para atuar de maneira correta e se sentir “no comando”? Manter ambos joelhos pressionando levemente o tanque e segurar o guidão com firmeza (mas sem exagero) é o ideal para fazer com que moto e condutor formem um conjunto único.

Esse conceito de integrar homem e máquina é a mais manjada e perfeita das regras para levar bem uma moto. Seja nas mudanças de direção, curvas acentuadas ou frenagens, ter sempre em mente que você e a moto devem formar uma só peça fará toda a diferença.

2 – USE O EQUIPAMENTO CERTO
A lei obriga a usar capacete. O bom senso manda usar luvas, calçados de cano alto e um traje – calça e jaqueta – com proteções nos pontos cruciais. Mas não exagere. Se você está começando a pilotar uma moto pequena, usar um macacão de couro igual ao do Valentino Rossi só irá atrapalhar seu aprendizado.

Visto que as primeiras centenas de quilômetros ao guidão devem obrigatoriamente ser percorridas em baixas velocidades, o grau de proteção dos seus trajes pode ser leve, para que haja conforto.

Capacetes abertos, os chamados tipo “Jet”, sem proteção para o queixo, são menos seguros em caso de uma queda, mas bons para evitar a claustrofobia nos treinos em baixa velocidade. Botas de cano alto sem solas exageradamente grossas são aconselháveis para “sentir” melhor os comandos de câmbio e freio traseiro, e o mesmo vale para luvas, que não precisam ser grossas demais para não anularem a necessária sensibilidade nas mãos.

3 – SAIBA FREAR
A maioria das moto-escolas ensina que é o freio traseiro que manda nas frenagens, e ao dianteiro cabe um mero papel de coadjuvante. Este é um erro grave. Na vida real, para parar de verdade é o freio dianteiro que deve ser usado com maior intensidade.

Para aprender os segredos de como frear bem, procure uma rua tranquila, um pátio de estacionamento vazio ou qualquer lugar onde você esteja seguro para repetir frenagens em baixa velocidade, alternando o uso dos freios dianteiro e traseiro até entender como cada um atua. Logo você perceberá que o melhor resultado será conseguido ao aplicar cerca de 70% da força de frenagem na dianteira, deixando ao freio traseiro apenas a função de equilibrar a moto na desaceleração.

4 – CUIDE DOS PNEUS
Motocicletas em movimento têm apenas duas pequenas áreas de contato com o solo, os pneus. Por isso, é muito importante cuidar bem deles. Pneus de má qualidade ou desgastados afetam de maneira brutal a dirigibilidade. Escolher marcas boas (dê preferência ao equipamento padrão com o qual a moto sai da fábrica) e não alterar as medidas recomendadas são as regras a serem seguidas.

Outra atitude obrigatória é respeitar a recomendação estabelecida pelo fabricante para a pressão, lembrando sempre que a medida correta será sempre obtida com os pneus frios, uma vez que o natural aquecimento devido ao atrito com a pavimentação altera a medição.

Uma pressão abaixo da especificada pelo fabricante deixa as respostas da motocicleta mais lentas, aumenta o consumo tanto de pneus quanto do combustível e, em casos mais graves, pode provocar danos às carcaças dos pneus, comprometendo a segurança. A pressão excessiva torna a moto arisca demais, instável na transposição de qualquer defeito do pavimento, e diminui ainda mais a já pequena área de contato com o solo.

5 – APRENDA A ESTACIONAR
Aprender a estacionar sua motocicleta de maneira correta pode evitar problemas e cenas constrangedoras. Quando o piso é plano e regular, sem degraus ou imperfeições, não há muito segredo. Seja com o cavalete lateral ou com o central, o sucesso da operação é quase sempre garantido. Porém, o mundo não é todo planinho e nem sempre a fresta que você achou para estacionar tem um piso perfeito.

Regra número zero é jamais estacionar sua moto em uma via íngreme com a roda dianteira embicada no meio-fio, uma vez que, na hora que você precisar sair, empurrar a moto para trás pode resultar em uma tarefa impossível, digna de Hércules.

Outra arapuca na qual os motociclistas inexperientes caem com frequência é não prestar atenção na inclinação da via e escolher estacionar de maneira tal que o cavalete lateral não consiga deixar a moto em um ângulo estável. Tanto muito em pé quanto muito deitada resulta em problemas. No primeiro caso, qualquer esbarrão pode derrubá-la; no segundo, ela ficará inclinada demais exigindo força exagerada para ser colocada em posição de partida.

Uma dica importante nesses estacionamentos em locais íngremes é deixar a primeira marcha engatada, o que funcionará como um freio de estacionamento. Já quanto a usar o cavalete central, a regra é simples: nas ruas íngremes a roda dianteira deve estar apontada para a parte mais elevada da via, mas não de modo a tornar a tarefa de tirá-la do cavalete algo impossível.

6 – LEMBRE-SE DAS TRAVAS E CAVALETE
É mais comum do que se imagina que a pressa e a distração acabem provocando pequenos acidentes que podem ter consequências nem tão pequenas assim. Nos referimos ao eventual esquecimento de recolher o cavalete lateral ao sair ou deixar de retirar travas antifurto.

Tanto em um como em outro caso, o dano pode ser apenas material, com um arranhão cá ou uma entortada lá, mas às vezes um cavalete esquecido aberto pode fazer com que você perca o controle de sua moto em uma curva. Como evitar isso? Sendo atento e criando procedimentos, rituais que você deve incorporar ao seu dia a dia no guidão.

7 – SEMPRE SINALIZE
Usar pisca-pisca é fundamental não só para a segurança do motociclista como também dos restantes usuários da via, sejam eles outros condutores de veículos ou pedestres. Aliás, quanto mais você usá-los, maior será a segurança geral. Pisca-pisca não gasta, não dói e ao contrário da buzina, não chateia ninguém. Seja para uma simples mudança de faixa em uma avenida, para entrar em uma via transversal ou fazer uma conversão, usar o pisca-pisca é quase como convocar um anjo da guarda suplementar.

Do mesmo modo que você deve se acostumar a usá-lo com frequência, deve habituar-se a desligá-lo, uma vez que apenas algumas motos – todas elas grandes e caras – possuem sistemas de desarme automático como nos automóveis.

8 – SEJA VISTO
Dar preferência a trajes de cores chamativas é algo que ajuda muito a segurança do motociclista. Caso prefira jaquetas de cores escuras (que sujam menos), avalie com carinho o uso de coletes ou ao menos as faixas de material reflexivo, que vão fazer te deixar visível quando o farol de outros veículos apontar para você.

Outro fator fundamental da segurança do motociclista é jamais descuidar das lâmpadas: infelizmente a maioria das motocicletas ainda usa uma só lâmpada na lanterna traseira – e ainda por cima de filamento único e incandescente. Ou seja, quando queima, a escuridão é total. Ter lâmpadas de reserva e saber como fazer troca é um dever. O mesmo vale para as lâmpadas de pisca-pisca e de farol.

9 – “LEIA” O PAVIMENTO
Infelizmente, o Brasil é um país onde a maioria das cidades tem uma pavimentação péssima, quando tem. Com vimos no item “pneus”, motocicletas são sensíveis por conta da pequena área de contato com o solo.

Um motociclista iniciante tem como tarefa aprender a “ler”o chão à sua frente e saber se comportar ao guidão conforme o caso. No asfalto liso e seco não há problemas. Porém, asfalto brilhando demais faz a moto reagir de um jeito, asfalto claro demais, de outro, rugoso demais, outro ainda. E o que dizer dos pisos de paralelepípedo, bloquete, das “estradas de chão” ou de rodar nas cidades praianas onde areia solta é algo comum?

Sair dessa sinuca de bico requer uma e uma só coisa: muuuuita atenção! Olhar sempre para onde sua roda “pisará” é a lei para não se ver de pernas para o ar sem mais nem menos.

10 – POSICIONAMENTO NA PISTA
Motos são pequenas, rápidas e muitas vezes os outros usuários da via simplesmente não as veem. Seja previdente e busque posicionar-se de maneira muito visível.

Andando atrás de automóveis, evite os que tem vidros escurecidos, que te impeça de ver o que está à frente dele. Além disso, tente ficar em uma posição onde você enxergue nos espelhos retrovisores os olhos do motorista, pois se você está vendo os olhos dele, ele estará te vendo também.

Em estradas ou vias expressas, tente rodar a uma distância de pelo menos dois ou três “carros” do veículo à frente (12 a 15 metros). Quanto maior a velocidade, maior deve ser o espaço, garantindo a você tempo de reação em uma emergência.

Outra regra “de ouro” é rodar seguindo a trilha dos pneus do veículo à frente, especialmente em piso molhado. Ali haverá menos água, além de ser menor a chance de atropelar um objeto solto na estrada.

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Garupas merecem respeito.

GARUPAS MERECEM RESPEITO!

A garupa confia sua vida ao piloto que a conduz. Sabe que, para que haja equilíbrio é preciso ter coragem. Ser garupa é ser recíproca, parceira, é ser o espelho de seu condutor. A palavra que mais define a garupa é RETAGUARDA! A que acompanha, direciona, presta atenção em coisas que o piloto não consegue enxergar, aconselha, confia, apoia, protege, incentiva, motiva e soma! Para ser garupa é necessário ser amante da natureza, da liberdade, da aventura, é saber curtir a viagem, observar a paisagem, amar o vento, o sol, a chuva, os animais, e não fazer das dificuldades um problema, e sim uma coleção de grandes histórias para serem contadas a beira de uma fogueira qualquer entre amigos, ou em mais uma viagem. Ela sabe respeitar o espaço alheio porque tem consciência que o sol nasce para todos e a estrada comporta todo mundo! A garupa é aquela que ama conhecer novos lugares, novas pessoas, outras culturas, outros sabores, experimentar a vida sem sacanear ninguém, ela não é um peso morto nas costas, ela é copiloto 24 horas por dia, tem freio próprio, é boa de curva, está sempre ligada e não desvia da rota, ela é exemplo, é carisma, é determinação, é a luz no caminho! Dormem em barracas, em redes, encostadas no ombro, sabem ser rainha dentro de um palácio ou em um barraco sem perder a majestade… ou deixar de ser feminina. Garupa é a mais fiel das companhias, pois não existe tempo ruim! Faça chuva, faça sol estão sempre prontas, belíssimas, seguras e animadas, honram e se orgulham de ser garupa e por isto devem ser honradas. A vida da garupa é louca, e o destino incerto, elas não tem pressa de chegar e adoram a estrada. Andam agarradas como se fossem a alma do piloto. E você que hoje é piloto não deixe de ser humilde, porque todo professor um dia já foi aluno, todo condutor de veículo seja ele qual for, a maior parte de sua vida também é pedestre, e todo piloto por melhor que seja um dia já foi garupa.
Parabéns a todos motociclistas.

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Exercícios físicos para motociclistas,

Dicas Marcos Pedroso
Exercícios físicos para motociclistas

No motociclismo a parte mais importante do corpo é a lombar. É ela que permite você pilotar com os braços relaxados para melhor fazer curvas, frear e controlar a aceleração. Se você deixar o peso do corpo sobre os braços vai perder o feeling, não vai deixar a frente da moto trabalhar e vai dificultar a curva. Portanto muita abdominal. O bíceps, tríceps e a cocha também são muito requisitados. No motociclismo é importante a agilidade, portanto ficar forte sem ficar muito musculoso é fundamental. Alongamento e aeróbica são indispensáveis! Aliás numa viagem ou track day, a cada parada é bom fazer alongamento.
Para cada parte do corpo existem vários tipos de exercícios, alguns mais fáceis e outros mais difíceis.
O ideal é procurar um preparador físico para auxiliá-lo.
Exercitar os reflexos também é muito importante. Está na moda fazer malabarismos com bolinhas, tem piloto de formula 1 fazendo este tipo de exercício.

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Caindo Parado.

CAINDO PARADO:

1)Baixa velocidade, fique atento.
2)Certifique se sua moto é o seu número.
3)Procure usar calças justas.
4)Não use calçados com cordões.
5)Não dobrar a barra da calça.
6)Faça um treino andando bem lento na moto.
7)A mesma coisa fazendo curva com o pé direito no freio.
8)Cuidado com a trava de guidão na coluna de direção.
9)Use calçados com sola de borracha.
10)Aprenda manobrar sua moto fora dela.
11)Cuidado ao subir nas calçadas.
11)Confira o terreno antes de pisar no chão.
12)Ao estacionar confira se o cavalete está em chão firme.
13)Não use freio dianteiro com o guidão dobrado.
14)Quando a moto for cair, nunca tente segurar.
15)Neste caso salve sua perna.
16)Ao estacionar escolha a melhor posição.
17)Evitar estacionar em descidas.
18)Estacionar prevendo o melhor na saída.
19)Não estacionar com a moto muito em pé.
20)Estacionar sempre engrenado na 1ª marcha.
21)Garupa só subir quando VC autorizar.
22)A mesma coisa prá descer.
23)Evitar permanecer sentado em moto estacionada.
24)Não faça escândalos se sua moto cair.
Administrar o peso de uma moto parada é muito mais do que simplesmente ser capaz de empurrá-la. Significa ser capaz de domina-lá completamente. Quando isso não acontece pode ocorrer uma situação hilariante

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Pilotando com chuva:

A primavera e o verão são as estações particularmente mais úmidas na maior parte do nosso país; mas isso não é motivo para deixar sua moto estacionada na garagem. Andar na chuva é viável se você estiver usando o tipo adequado de equipamento, souber identificar e prevenir os perigos, e tiver conhecimento de algumas dicas…
Os primeiros 15 minutos após uma precipitação são os mais perigosos. É nesse período que as vias e estradas se tornam mais escorregadias, quando o óleo e outros detritos que se acumulam durante tempos secos começam a escoar. O ideal é parar sua moto e esperar os primeiro minutos da chuva, quando a água e o atrito dos pneus dos outros veículos atenuarão o efeito escorregadio; mas se você não puder encostar e esperar, algumas dicas podem ajudar a manter a tração – que é o que lhe manterá “grudado” no asfalto – mesmo em superfícies molhadas. Vejamos.
O centro da faixa de rodagem, geralmente, tem o maior acúmulo de óleo, fluído de freio e outras sujidades que escorrem dos veículos, de modo que a melhor posição na via, em condições de chuva e pista molhada, e tentar seguir as marcas de pneus direito ou esquerdo dos carros à sua frente. Teoricamente – lembre-se que você está no Brasil (rsrs) – as estradas são projetadas de forma a escoar a água para as extremidades, portanto a área mais próxima da linha central é a menos suscetível em acumular poças, e logo tem menos de óleo e sujidades, embora a desvantagem seja que essa posição lhe colorará mais próximo aos veículos, deixando você exposto ao famoso “spray”, que é o efeito de pulverização da água decorrente do contato do pneu com o asfalto. Ainda sim, é preferível essa posição às extremidades da via, onde a camada de água acumulada é maior, e a sujeira se transforma em lama. Evite também rodar muito próximo ou sobre as faixas pintadas, pois tais superfícies se tornam extremamente escorregadias quando molhadas.
Uma outra opção más pouco usada no Brasil é trocar para pneu de chuva…
Assista a “Dica: Os cuidados ao pilotar na chuva” no YouTube – https://youtu.be/Fz0tYVOn_tc
Assista a “Tutorial Pilotando na Chuva” no YouTube – https://youtu.be/Cny5YZNPwQg
http://carplace.uol.com.br/michelin-pilot-road-4-pneu-radial-de-ultima-geracao-para-o-segmento-sport-touring/
Outro ambiente que requer o máximo de cuidado tanto na chegada, quanto na parada e na saída são os postos de gasolina. O posto de gasolina é mais traiçoeiro em condições molhadas já que além dos fluídos dos carros ali estacionados, somam-se a água da chuva que escorre pelos veículos, o combustível que termina sendo derrubado no chão (vazamentos, derrame no abastecimento, etc), e por fim a superfície da área das bombas, que é geralmente de concreto liso, ou seja, requer-se o máximo de atenção, sugerindo-se trafegar nesse ambiente sempre com baixa velocidade, acelerando suavemente, e não executando curvas ou manobras bruscas.
NUNCA tente passar com sua moto por uma zona de alagamento; o perigo se encontra no fato de não se poder ver o que há no asfalto (buracos, bueiros abertos, detritos, pedras, etc), além da possibilidade de danos ao motor com a entrada de água e lama em componentes elétricos, o que pode causar uma pane e deixar você parado no meio do alagamento, à mercê de outros perigos.
Agora que você está ciente das armadilhas potenciais para motocicletas durante o tempo chuvoso, o próximo passo é a manobra com segurança através ou em torno delas.
Pilotar a moto em condições escorregadias requer do piloto realizar cada movimento muito, mas muito, suavemente. É mandatório diminuir a velocidade e se concentrar em fazer cada ação na moto de forma suave e gradual. Tente evitar movimentos bruscos e mudanças desnecessárias de traçado na pista. Redução de tração pode causar deslizamento e um possível acidente, no entanto não se desespere se a roda traseira deslizar um pouco; você pode não se sentir estável, mas enquanto o pneu dianteiro estiver indo para onde você quer que ele vá, a física (efeito giroscópio, etc) irá segurar a moto.
Por fim, tenha em mente que seu corpo ficará mais rapidamente esgotado ao pilotar em condições de chuva, quer seja por conta do frio, pelo maior grau de dificuldade, e pelo stress que a situação pode gerar, portanto não hesite em fazer uma parada para um café e tomar um fôlego antes de continuar sua viagem. Dedos dormentes e dentes batendo distraem, e um piloto distraído não é um piloto seguro.
Acúmulos de água setorizados na via podem sinalizar a existência de buracos, e não se engane, porque quando cheios de água eles têm a mesma aparência, seja de 10 cm de profundidade ou profundos o suficiente para engolir seu pneu dianteiro. Fuja daquelas poças com o aspecto arco-íris na superfície, pois isso indica uma alta concentração de óleo / combustível, e portanto, possibilidade de perda de tração.
I) Equipamento Adequado para pilotar com chuva:

a. Boa Capa de Chuva e polainas, de nylon ou material sintético, que secam rápido e são mais leves de transportar;

b. Use luvas apropriadas (resistentes à água);

c. Procure usar calçados apropriados, com solado de borracha e cravejado, que manterão um boa zona de contato com o solo e grip (aderência) adequado;

d. Use capacete fechado, que evita a entrada de água nos olhos, com viseira anti embaçante ou com produto aplicado sobre a viseira que previna o embaçamento visual;
II) Motocicleta:

a. Pneus em boas condições de uso (veja a marcação de segurança existente nos pneus);

b. Calibragem dos pneus adequada para o tipo de carga (peso);

c. Faróis e setas e perfeita condição de funcionamento;

d. Se a motocicleta possuir para-brisa procure mantê-lo sempre em bom estado, podendo-se usar produto antiembaçante ou que repila a água
III) Pilotagem:

a. Evitar frenagem, aceleração e movimentos bruscos (movimentação suave);

b. Manter distância segura dos veículos;

c. Verificar com maior frequência os retrovisores;

d. Evitar poças de água (podem ocultar buracos fundos ou bueiros abertos);

e. Cuidado com sujeira no asfalto do tipo: manchas óleo/combustíveis, pedriscos, areias, tapers de sinalização (pinturas, faixas, etc);

f. Procurar manter a maior superfície (área) de contato da banda de rodagem dos pneus com o pavimento, portanto nada de fazer curvas anguladas ou fechadas, usando inclinação excessiva da moto e do corpo;
Assim, com os períodos de chuvas se aproximando, estas dicas serão bastante úteis, embora seja melhor evitar andar em quaisquer condições escorregadias, onde o risco aumenta e existem inúmero fatores que fogem ao seu controle.
PILOTANDO
COM CHUVA

1) Andar na chuva é viável desde que você:
a) Use equipamento adequado.
b) Saiba identificar e prevenir os perigos.
2) O início da chuva é mais escorregadio.
3) Onde óleo e detritos estão acumulados.
4) Ande nas marcas de pneu dos carros.
5) Acúmulos de água podem sinalizar buraco.
6) Poças com o aspecto arco-íris, muito óleo.
7) Muito cuidado com faixas pintadas.
7) Tampas de bueiros são escorregadias.
8) Cuidado nas entradas e saídas de postos de gasolina muito oleoso.
9) E na área das bombas concreto muito liso.
10) Parada em pedágios também tem óleo.
11) Evitar zona de alagamentos.
12) Diminua velocidade e dobre sua concentração.
13) Evitar movimentos bruscos e mudanças desnecessárias de traçado.
14) Redução de tração pode causar deslizamento.
15) NÃO desespere se a roda traseira deslizar um pouco.
16) Mantém distância segura dos veículos.
17) Não fazer curvas anguladas ou fechadas, usando inclinação excessiva da moto.

O bom censo evita acidentes, pense nisso.

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PILOTANDO COM GARUPA.

Conduzir uma motocicleta requer, sem dúvida, equilíbrio e controle; agora adicione um passageiro e você vai precisar duas vezes mais dessas habilidades, portanto é necessário ter total controle de suas habilidades antes de decidir por carregar um passageiro. No entanto nem precisamos dizer o quão gratificante é dividir o prazer de um passeio de motocicleta com quem gostamos, então vamos às dicas e técnicas que proporcionarão segurança ao momento.
Há muita dúvida, mitos e até alguma negatividade entre pilotos quando o assunto diz respeito a passageiros; e não é raro encontrarmos muitos que ainda se recusam a transportar alguém na garupa. Contudo, viajar com um passageiro pode certamente ser um divertimento compartilhado. É certo que em algumas motocicletas, como as Sport Bikes, os “garupas” não se sentem confortáveis, e a moto também não é bem projetado para transportar passageiros, logo os pilotos desse tipo de moto geralmente não se preocuparam em desenvolver as habilidades necessárias para carregar um passageiro, mas para os demais motociclistas, dominar as técnicas de pilotagem para essa situação são quase que obrigatórias, visto que mais de 90% das motos permitem o transporte de passageiros. E nem adianta argumentar que você só anda sozinho, pois um dia – inevitavelmente – você se verá em uma situação onde terá que pilotar com um passageiro – seja por necessidade ou diversão -, logo é melhor estar preparado.
I – Preparação Geral do Passageiro

a) Primeiro Passo: Do Passageiro para o Piloto – Motociclista Experiente
b) O requisito primordial para garantir a segurança do passageiro é um motociclista experiente. Portanto passageiro exija do seu piloto treinamento; não arrisque sua vida e a vida do piloto sem primeiro praticar. Como sugestão, procurem um local calmo para o treino, como um estacionamento ou uma rua sem ou com pouco movimento. Os pri-meiro movimentos serão desleixados enquanto ambos se condicionam à nova relação Equilíbrio x Peso, e uma atenção especial tem que ser dada às baixas velocidades, logo se deve praticar exaustivamente os pontos mais críticos que são a subida na moto, as paradas e as saídas, porque é aí que a maioria dos acidentes (pequenos tombos da moto) acontecem. O motociclista experiente, com um passageiro que pode antecipar seus movimentos e já sabe o protocolo de segurança adicional que a situação vai exigir, certamente diminui consideravelmente seu risco e fará a viagem em segurança e com conforto.
c) Segundo Passo: Faça um briefing pré-passeio para o passageiro e verifique os equipamentos de segurança. Antes de seu passageiro subir na moto, faça um briefing pré-passeio completo com ele. Antecipe possíveis dificuldades, pontos de risco, situações de tráfego, comportamentos sobre a moto, etc. Muito importante é determinar os pontos críticos do trajeto e avisar ao passageiro desses locais, como por exemplo, uma estrada mais esburacada, ou um trecho de serra com muitas curvas, etc. Lembre-se: A prevenção de comportamento é a melhor forma de preparação para uma viagem tranquila e segura.
d) É claro que você já deve ter fornecido ou exigido que o passageiro utilize os equipamentos básicos de segurança; de nada adianta você se equipar e deixar o passageiro à mercê do risco. Assim sendo é fundamental que o passageiro esteja usando um com capacete com viseira, jaqueta resistente, luvas, calças resistentes, botas ou calçados resistentes cobrindo o tornozelo, e óculos de proteção contra o sol. Certifique-se de que o passageiro está vestido de forma confortável e segura, e não importa em que condições ou onde você esteja pilotando, recuse-se em levar um passageiro sem o equipamento acima mencionado. Lembre-se: a segurança dele ou dela está em suas mãos.
e) Terceiro Passo: Estabelecendo uma comunicação
f) Considere que enquanto o passageiro está na sua motocicleta, ele está no comando. Ele é o menos favorecido na situação, portanto se ele quer que você diminua ou pare por qualquer motivo, você irá fazê-lo; entenda que qualquer razão que motive um pedido desses é sempre seguida de uma necessidade válida, e por mais que o motivo seja considerado “bobo” (ir ao banheiro, hidratação, esticar as pernas, ou simples medo repentino da estrada), é melhor dar ouvidos, pois se o passageiro não estiver confortável e concentrado na viagem, as chances de acidente aumentam drasticamente.
g) É fundamental conceber sinais de comunicação entre passageiro e piloto; por exemplo, um toque em seu ombro direito para parar. Como o piloto você controlar a moto, mas seu passageiro controla você. Explique sempre ao passageiro que você não tem nenhuma intenção de assustá-lo, que você sabe o que faz, e que sua pilotagem será sempre focada para que ele tenha a melhor e mais prazerosa experiência possível.
h) Outro equipamento importante é o intercomunicador. Temos aqui o relato enviado pelo amigo Jarbas que mostra essa importância. Obrigado Jarbas pela ajuda.
i) d) Quarto Passo: Subindo e Descendo da moto.
j) Instrua o passageiro a somente subir na moto com sua permissão expressa, após o comando específico (“Ok”, “pronto”, etc) e quando você já estiver montado na moto, ocorrendo o mesmo quando o passageiro tiver que descer.
k) No ato de montar ou desmontar da moto, peça para que o passageiro mantenha o seu peso centrado na moto, ou seja, não puxe a moto em sua direção, mas sim empurre o corpo em direção à moto.
l)
m) Prepare-se fazendo um leve contra peso, inclinando a moto levemente no sentido contrário ao lado em que o passageiro irá montar, assim quando ele estiver subindo na moto o peso exercido equilibrará a moto.
n) e) Quinto Passo: Comportamento e Posicionamento do Passageiro
o) Primeiramente, vamos acabar com um grande mito. Definitivamente o passageiro não precisa ajudar o piloto nas curvas, ou seja, explique a ele que não é necessário inclinar-se forçadamente a favor ou contra as curvas, muito menos realizar qualquer tipo de pêndulo quando se estiver executando a uma curva. Qualquer movimento de inclinação do passageiro mal realizado fatalmente interfere no equilíbrio e altera o centro de gravidade do conjunto (moto + piloto + passageiro), podendo resultar em acidente.

p) Entretanto o passageiro pode “acompanhar” o movimento corporal do piloto durante as curvas, e uma dica é pedir para que ele – durante as curvas – concentre o olhar bem no centro da parte de trás do seu capacete, pois isso o ajudará a manter a posição ereta do corpo e alinhado ao seu.

q) É fundamental informar ao passageiro que não importa o que acontecer durante a movimentação, os seus pés devem permanecer o tempo todo nas pedaleiras ou plataformas, e que ele nunca deve tentar tocar o chão com os pés objetivando “segurar” a motocicleta. Esse tipo de comportamento também interfere no centro de gravidade e equilíbrio.
r) Durante a frenagem todo o peso do passageiro irá se deslocar para frente e juntar-se ao seu peso, portanto mantenha-o ciente que isso é fisicamente normal, e que ele não precisa se assustar porque você está preparado que isso aconteça.
s) Instrua o passageiro a sentar-se perto de você; se um passageiro pesado fica muito para trás no assento, isso pode afetar negativamente a direção na frente da moto, e por consequente afeta os movimentos naturais de esterço e contra-esterço.
t) É fundamental que o passageiro mantenha os joelhos em contato permanente com sua perna. Na verdade essa posição ajuda a unificar a massa sobre a moto, permite a manutenção de um bom centro de gravidade, além de dar ao passageiro um feeling mais apurado dos movimentos que o piloto faz nas curvas.
u) Enquanto seu passageiro não possui experiência como “garupa”, peça que ele se agarre a você o tempo todo; quando ele se tornar mais familiarizado com os efeitos da aceleração e frenagem da moto, aí sim ele poderá se segurar em outros pontos da moto (suportes, etc).
v) Em todos os momentos encoraje o passageiro a ajudar na sinalização para os outros veículos e motos, mas desde que isso não gere risco ao próprio passageiro; portanto é sempre bom dividir com o passageiro a informação dos sinais internacionais para que ele possa – dentro do possível – ajudar a manter uma boa comunicação com outros veículos.
w) II – Preparação Geral do Piloto

x) Na medida do possível, procure ajustar a motocicleta para a carga extra (passageiro). Portanto consulte sempre o manual para possíveis ajustes nos amortecedores e pressão dos pneus.
y) Procure instalar bons apoios de pés (pedaleiras ou plataformas) para o passageiro, mostrando onde e como ele deverá posicionar os pés. Lembre-se que além de tocar em você, esse é o único ponto de apoio do passageiro, portanto deve haver certo conforto nos apoios de pés.
z) Nunca peça para que o passageiro suba na moto com o descanso lateral (pezinho) em contato com o solo; é um erro achar que o descanso lateral previne possíveis tombos na subida do passageiro por vários motivos: i) com o pezinho armado, o peso extra na moto pode fazer com que ele seja enterrado no solo ou no asfalto quente, tornando o recolhimento mais difícil; ii) se o passageiro sobe na moto com o descanso armado, o piloto deverá fazer mais força para inclinar a moto em sentido contrário e desarmar o descanso, portanto o peso extra poder fazer com essa inclinação sai do ponto de equilíbrio e prove o tombamento do conjunto.
aa) Durante a subida do passageiro na garupa, acione o freio dianteiro de forma que a mota não se mova com a inclinação e o sobrepeso.
bb) Uma vez que o passageiro está sentado, verifique sua posição solicitando que ele não fique muito longe do seu corpo, explicando que quanto mais perto de você ele está, mais otimizado se torna o seu equilíbrio e controle da motocicleta.
cc) A maior dificuldade com o passageiro é controle da moto em baixas velocidades. O peso extra exige a aplicação técnicas específicas para controlar a moto.
dd) Procure realizar uma mudança suave de marcha, a ponto do passageiro não perceber que a mudança ocorreu; isso exige controle da aceleração e suavidade de movimentos. Receber pequenas batidas do capacete do passageiro atrás do seu capacete (os famosos “french kisses”) é sinal de que você não está conduzindo com a suavidade que a situação requer.
ee) Da mesma forma que a aceleração e mudança de marcha, a frenagem também deve ser suave e bem aplicada; lembre-se que quanto mais brusca ou forte for a frenagem, maior será a carga de peso sobre você, o que pode causar desconforto, desequilíbrio e os famosos “tombamentos em baixa velocidade decorrentes de frenagem”.
ff) Conclusão
gg) Andar com um passageiro em sua moto pode ser muito divertido, mas é algo que também envolve uma quantidade razoável de reflexão e cuidado. No minuto em que o passageiro toma o assento o traseiro da motocicleta você acaba de aceitar o trabalho de controlar a sua moto com uma desvantagem operacional (sobrepeso, centro de gravidade e massa alterados, etc), bem como a responsabilidade de preservar outra vida além da sua.
hh) Portanto a exigência de prática e controle da moto se torna fundamental nessa circunstância posto que é seu dever proporcionar ao passageiro um passeio o mais seguro e confortável possível.
ii) A regra sobre a moto é “divertir-se”, mas quando a diversão se sobrepõe à prudência o risco toma conta e as chances de acidentes ganham força, portanto só assuma essa tarefa (carregar um passageiro) se você realmente estiver pronto; e se você já possui tal experiência, avalie sempre se suas condições físico-mentais e o momento permitem a “carona”; lembre-se além da sua vida, você é responsável direto pela vida do passageiro, e a meta é concluir o passeio com segurança para ambos.
jj)

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Antigos ditados do mundo das motocicletas.

– Em uma moto não dá para levar tudo o que você quer, mas cabe tudo o que você precisa.
– O melhor despertador que existe é o sol no cromado.
– Às vezes, a maneira mais rápida de chegar no destino é parar e dormir por uma noite.
– A vida começa aos 40, mas fica mais interessante depois dos 120 km/h.
– Sempre estacione sua moto de ré na guia e onde você possa vê-la.
– Um tanque cheio é o remédio ideal pra esvaziar a cabeça.
– Uma moto em um trailer é como um pássaro em uma gaiola.
– Se não dá pra consertar com WD-40, duct tape ou arame, então é grave.
– Quatro rodas movem o corpo, duas rodas movem a alma.
– Pilote até o trabalho e trabalhe para pilotar.
– Você começa a vida sobre duas rodas com um pote cheio de sorte, e outro de experiência vazio.
– Inseto de noite na estrada tem o mesmo gosto ruim do inseto de dia.
– É preciso muito mais amor pra se dividir o assento de uma moto do que uma cama.
– A única visão bonita de uma tempestade é a que ficou para trás no seu retrovisor.
– Às vezes é preciso uma estrada cheia de curvas para se pensar direito.
– Andar mais rápido que todo mundo só garante que você vai andar sozinho.
– Nunca hesite em rodar além do último poste de luz da cidade.
– Se você não roda na chuva, você não roda.
– Uma moto na estrada vale mais do que três na garagem.
– Respeite quem viu o lado negro do motociclismo e sobreviveu.
– Motociclistas jovens escolhem um destino e vão. Motociclistas experientes escolhem uma direção e vão.
– Um bom mecânico não vai cobrar nada para deixar você assistir ele trabalhar.
– Qualquer problema fica melhor com seus joelhos no vento.
– Boas botas de pilotar não são boas de caminhar.
– Às vezes, as melhores conversas acontecem sem palavras, em motos diferentes.
– Um bom café tem a mesma cara de um óleo 50w.
– Um amigo de verdade é aquele que vem te ajudar quando a moto quebra as duas da manhã no meio do nada.
– Não lidere o trem se você está perdido.
– Todo mundo cai. Outros voltam. Outros não. Outros não podem.
– Se tem moto estacionada fora, a comida dentro é boa.
– Couro fino é bonito de olhar, feio de cair.
– Sempre troque a peça mais barata primeiro.
– Só um motociclista sabe o que um cachorro sente quando bota a cabeça pra fora no carro.
– Existem dois tipos de pessoas no mundo: as que andam de moto, e as que gostariam de andar.

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POSTURA NA MOTO.

Comece por se posicionar de forma ereta na moto, com braços semi flexionados, e joelhos junto ao tanque. Desloque o quadril para o lado da curva que pretende realizar. O deslocamento é pequeno, apenas alguns centímetros são suficientes. De acordo com o biótipo físico, uns se deslocarão mais que outros – o melhor posicionamento é obtido através da experimentação. Acerte a posição do pé do lado da curva, apoiando o na pedaleira aproximadamente na junta dos dedos. Ele deve ser apoiado de tal forma que o calcanhar possa se apoiar na parte interna da moto, deixando o pé apontado para fora. Essa posição favorece a abertura do joelho, que dificilmente se afasta do tanque se o pé na pedaleira for mantido paralelo ao eixo da moto. Por fim, a cabeça que se manteve no centro da moto também se desloca para o lado interno da curva, posicionando-a junto com o tronco de maneira que a linha de visão fique aproximadamente alinhada com a manopla do lado da curva. Pronto! Esse é o pêndulo, mas conseguir o controle da moto estando assim deslocado, requer horas de prática. Não existe uma ordem cronológica que determine esse posicionamento – deve se buscar o que melhor funciona para você. Particularmente, começo por acertar a posição do pé, e ajeito o quadril e tronco praticamente ao mesmo tempo. Conversando com outros pilotos, notei que cada um usa a técnica que acha mais confortável. O joelho deve ser aberto sempre no máximo que se conseguir, sem ser exagerado. Evite forçá-lo para baixo na tentativa de encostá-lo no chão prematuramente – busque um posicionamento padrão e treine a inclinação conscientemente através do contra-esterço. Em pouco tempo consegue-se obter o primeiro toque da “saboneteira” no solo, e é um evento que nunca mais se esquece.

****alguém concorda? ****

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ONDE OLHAR NAS CURVAS.

No artigo anterior “Moto foi feita para fazer curvas”, destacamos o efeito da força centrífuga e como neutralizar esta força física através das três posturas que o piloto deve ter em diferentes tipos de curvas.

Olhar para onde se quer ir é fundamental para fazer curvas
Tenho certeza que você já leu algo ou ouviu alguém comentar que tal moto é boa (ou ruim) de curvas. Você mesmo, andando em diferentes modelos de motos, certamente sentiu alguma dificuldade em contornar uma determinada curva com sua moto. Parece que a moto não vem, ela é dura, quer ir só reto e você não consegue contornar a curva com tranquilidade. É importante você saber que existe técnica para entender isso. Por isso neste artigo vamos analisar a ciclística da motoe a direção do olhar.
Muitos de nós confundimos “moto ágil” – aquela que responde rápido a qualquer solicitação (um simples toque no guidom, por exemplo) com “moto boa de curva” – aquela que contorna a curva com segurança e que permite grande inclinação. A facilidade ou dificuldade de contornar as curvas com moto está na harmonia que o conjunto ciclístico oferece. E isso é determinado por muitas variáveis como distância entre–eixos, perfil dos pneus, tipo de chassi, tamanho das rodas e peso do conjunto, por exemplo. Independente da moto – ágil e boa de curva – uma coisa é certa: MOTO FOI FEITA PARA FAZER CURVAS
Diferentes estilos de moto: exigência de bom conhecimento sobre cada uma
Porém, neste artigo quero dar maior importância para duas características da ciclística que ajudam no momento de fazer curvas com a moto: limite físico e limite de segurança.

Limite físico: pode chegar antes do limite da aderência
O limite físico é o limite onde as partes fixas da moto como pedaleiras, mata cachorro, descanso lateral e central, escapamento e bolsas laterais encostam no chão durante a curva. O limite de segurança é o limite da borda lateral do pneus, conhecido como “ombro” ou “borda de ataque” como muitos pilotos o chamam; é limite da aderência com o piso. Reconhecidos estes limites é possível traçar uma trajetória correta e segura da curva. Só que estes limites são diferentes para cada estilo de moto e de forma geral podem ser definidos assim:
Esportiva – limite físico (pedaleiras) e de segurança (pneus) bem altos e, normalmente, as pedaleiras encostam no chão antes de se chegar ao “ombro” dos pneus;
Custom – possuem muito limite de segurança (pneus), porém com pouco limite físico (pedaleiras ou plataformas baixas); é comum contornar curvas raspando a pedaleira sem chegar nem perto do limite de segurança (pneus);
Scooter – o que pode ser muito aproveitado é a sua agilidade, não precisando muito de inclinação para se manter na trajetória da curva. Mas são motos com limites razoáveis tanto no perfil de seus pneus quanto nos limites físicos;

Mesmo estilo com inclinações diferentes: pilotos com habilidades diferentes – cada um respeita o seu próprio limite
Street e CUB – possuem ótimos limites fisico e de segurança. Mas deve-se tomar cuidado com alguns modelos que têm pedaleiras fixas (não retráteis), pois se encostarem no chão com muita força a roda traseira sai do chão e……
Naked – aqui temos que tomar muito cuidado! Muitas nakeds possuem limite físico muito alto (igual as esportivas). Porém, como há diferenças nas suspensões, o peso do piloto não irá influenciar tanto para baixar a moto e fazer as pedaleiras fazerem o limite físico. Alguns modelos podem vir com pneus de pouca flexibilidade e assim, é preciso muita atenção com as naked;
Trail e Big Trail – taí um estilo curioso. Muitos acham que por serem altas, os limites físicos (pedaleiras) não encostam no chão. Mas com pneus mais voltados para asfalto e com suspensões mais macias, o peso do piloto influencia muito. Há motos neste estilo que são muito altas e os limites de segurança das laterais dos pneus são poucos em relação a sua ciclística. Então, ao invés de inclinar demais, aproveite de sua agilidade.
Motard – agilidade com muito limite de inclinação. Pedaleiras encostam facilmente no chão e ainda tem pneu para inclinar.

Esportivas: limites físico e de segurança muito altos – a habilidade do piloto é o limite
Conhecidos os limites para cada estilo de moto, agora há uma última recomendação para contornar as curvas com segurança e sem sair da trajetória: é a direção do olhar. Isso mesmo! Olhe para onde quer ir. Quer completar a curva? Olhe para o final dela. Muitos acidentes acontecem porque por vício de pilotagem ou não, muitos deixam o olhar fixo para frente enquanto percorrem as curvas. Outros olham para o chão bem próximo, bem à sua frente. Olhe para o final da curva, cumpra seu traçado. Assim estará programando a trajetória. Experimente. É fantástico! Parece que a moto vai sozinha.
Portanto, moto foi feita para fazer curvas com segurança, porém você precisa conhecer a ciclística de sua moto, colocar-se na postura correta de acordo com o tipo de curva para neutralizar a força centrífuga e olhar para o final da curva. Mas calma aí! Não é porque você já treinou todos estes aspectos que agora vai encostando pedaleiras no chão a cada curva. Para tudo isso são necessários cuidados, como pneus devidamente aquecidos e calibrados, asfalto seco (no molhado é aconselhável inclinar menos a moto e fazer manobras menos agressivas.

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MOTO FOI FEITA PARA FAZER CURVAS.

Será que este título faz jus à nossa amiga moto? Você já escutou alguns dizerem que moto foi feita para cair? Tem até gente famosa e inteligente que acredita nisso. Mas isso não é verdade. Moto foi feita para andar pra frente e fazer curvas. Só que ela exige a sua participação.
Quantas vezes já aconteceu com você enquanto pilota, a seguinte situação: ao fazer uma curva sua motocicleta “sai” para o lado oposto da mesma? Aposto que isso é mais comum do que se possa imaginar. Muitos pilotos dizem que a moto “esparrama” para fora da curva. Ou seja, ao contornar uma esquina, uma rotatória ou mesmo curvas em estradas sinuosas, a moto “abre” e a sensação do piloto é que não conseguirá completar a trajetória. Você faz o maior esforço para trazer a moto para dentro da curva, mas parece que ela não obedece a suas ordens. Porque isto acontece?
São vários os fatores: ciclística da moto, força centrífuga, efeito giroscópico das rodas, contra-esterço, além dos fatores humanos: direção do olhar, medo de inclinar a moto, postura; em resumo é o seguinte: em todas estas razões, há um fator comum: o despreparo do piloto. Não quero dizer aqui que você não sabe fazer curvas, mas fazê-las corretamente sem arriscar-se é a preocupação. Você até faz as curvas normalmente e nada acontece. Mas se você for um pouco além do seu limite (ou o da moto), o preparo poderá tirá-lo da situação difícil. Caso contrário, é chão na certa.

Corpo inclinando junto com a inclinação da moto; curvas abertas em médias velocidades
Este artigo é o primeiro de uma série sobre como fazer curvas com sua moto. Neste primeiro vamos nos concentrar em dois fatores: POSTURA DO PILOTO e FORÇA CENTRÍFUGA.
Isaac Newton nos ensinou que “toda ação possui uma reação contrária a essa ação”. FORÇA CENTRÍFUGA significa “fuga do centro”. É mesmo, Newton tem razão. Quando o piloto entra nas curvas (ação) a moto sai para o lado oposto da curva (reação). Isto é fato! Mas tem um jeitinho de neutralizar essa lei da física. Nos carros, basta girar o volante, as rodas giram e o atrito faz com que o carro vá na direção desejada. Então tá, na moto é só virar o guidão na direção da curva e tudo bem? Não é assim tão simples.
O piloto, além de virar o guidão, é necessário inclinar a motocicleta para o lado da curva. Dependendo da velocidade, essa inclinação será maior ou menor. E se a velocidade for alta, a inclinação será para o mesmo sentido da curva e o guidão para o lado oposto da curva. Esta atitude do piloto neutraliza a força que joga a moto para fora. Mas vamos primeiro analisar algumas posturas que o piloto deve ter ao contornar curvas em vias sinuosas.

Corpo mais inclinado que a moto; curvas rápidas e de alta velocidade
Não existe uma regra rígida para que o piloto se encaixe na moto pois precisamos considerar o conceito (ou modelo) de sua motocicleta. Mas há algumas posturas que facilitam ao piloto realizar as curvas. Por exemplo: piloto inclinando com seucorpo na mesma inclinação da moto. Esta postura é a mais comum. Curvas abertas, com velocidades médias a moto realiza a trajetória com certa facilidade.
Piloto com maior inclinação do corpo do que a moto. Esta postura é exigida quando a velocidade nas curvas é alta. Sabemos que quanto maior a velocidade, maior será a necessidade de inclinação. Esta necessidade fará com que o piloto dê muita força corporal para se manter na curva. Para não se esforçar tanto, a técnica do contra esterço será muito útil (e necessária). Calma! CONTRA ESTERÇO falaremos mais tarde, em outro artigo (tenho certeza que você já pratica esta técnica sem perceber).

Corpo deslocado para dentro da curva; força para contornar a curva com segurança
A outra postura é piloto com o corpo reto e a moto mais inclinada do que o corpo. Muito interessante esta postura. Imagine você entrando em uma curva aberta com a inclinação de seu corpo junto com a inclinação da moto. De repente esta curva se fecha, a moto sai para o lado oposto. Você precisa urgentemente se manter na trajetória. Frear? NÃO! Então mude de postura. Mantenha a moto inclinada e deixe seu corpo reto. Incrível, a moto lhe obedecerá e você realizará a curva em segurança.
Portanto, neutralizar a força centrífuga dependerá de sua postura e da inclinação que fará com a moto. Eu creio que podemos ter a moto como uma parceira, ou parceiro, de dança. Dependendo do ritmo da música seu corpo mexe os ombros. Se a música mudar de ritmo, teu corpo mexe o quadril. Mas independente do tipo de música, seus braços estão sempre se mexendo. Dance com sua moto nas curvas. Mexa os ombros ou o quadril conforme o “ritmo” das curvas mudar. Mas se não mexer os braços no guidom de sua parceira, a dança será difícil de ser completada.

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